Iene atinge máximo de seis semanas, dólar mergulha em final de mês
O iene subiu para um máximo de seis semanas face ao dólar, esta sexta-feira, após uma inflação mais rápida que o previsto em Tóquio ter apoiado as apostas de uma subida das taxas de juro do Banco do Japão no próximo mês.
O índice subjacente de preços no consumidor de Tóquio, que exclui os custos voláteis dos alimentos frescos, subiu 2,2% em Novembro face ao ano anterior, acima dos 1,8% do mês passado e superando as previsões de um ganho de 2,1%.
Os volumes de negociação diminuíram em direcção ao feriado de Acção de Graças dos Estados Unidos na quinta-feira, com muitos investidores ainda fora esta sexta-feira.
O dólar caía 1,04% para os 149,97 ienes USDJPY, tendo anteriormente caiu para 149,53 ienes pela primeira vez desde 21 de Outubro. Está a caminho de uma perda semanal de 2,1% contra a moeda japonesa, a maior desde Setembro.
O índice do dólar DXY caiu 0,04% para os 106,03, após ter atingido os 105,61, o mínimo desde 12 de Novembro.
Está a caminho de um aumento de 2% em Novembro, com os investidores a ajustarem-se à probabilidade de a nova administração norte-americana, sob o comando de Donald Trump, no próximo ano, afrouxar os regulamentos comerciais e promulgar outras políticas que impulsionem o crescimento.
Os analistas dizem também que a proposta de novas tarifas e a prometida repressão da imigração ilegal podem reacender a inflação.
Dados económicos mais fortes que o previsto também aumentaram as apostas de que a Reserva Federal irá abrandar o seu ritmo de cortes nas taxas de juro à medida que se aproxima da taxa neutra.
Os investidores estão a precificar 66% de probabilidades de um corte de 25 pontos base na reunião da Reserva Federal de 17 e 18 de Dezembro, mas apenas 17% de hipóteses de uma redução adicional em Janeiro, segundo a ferramenta FedWatch do CME Group.
O euro EURUSD caiu 0,05% para os 1,0548 dólares. A moeda única caiu cerca de 3% em Novembro, com a subida do dólar, colocando-a a caminho do seu pior mês desde Abril de 2022.
Dados, esta sexta-feira, mostraram que os preços no consumidor franceses cresceram em linha com as expectativas em Novembro. O relatório de inflação da Alemanha, na quinta-feira, mostrou que as pressões sobre os preços permaneceram estáveis em Novembro, apesar das expectativas de um segundo aumento consecutivo.
O decisor de políticas do BCE, François Villeroy de Galhau, disse, na quinta-feira, que o banco central deve manter as suas opções abertas para um corte maior nas taxas no próximo mês, contrariando os comentários aguerroidos da colega Isabel Schnabel no dia anterior.
O bitcoin BTCUSD subiu 3,13% para os 98.111 dólares, tentando voltar ao máximo recorde de 99.830 dólares de há uma semana.
Este mês, a principal criptomoeda deve registar um salto de 40% - o seu melhor desempenho desde Fevereiro - devido a apostas de um ambiente regulatório mais favorável sob Trump.
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